quarta-feira, 8 de abril de 2009

Plano de metas

*Pesquisa feita pela aluna Talita Diniz:

Logo após assumir o governo, JK apresentou à população o seu ambicioso "Plano de Metas", composto por 31 metas que seriam foco de investimento.
Chamada política desenvolvimentista, o Plano de Metas - com a máxima "50 anos em 5" – previu investimentos para os setores de energia, transporte, alimentação, indústria de base, educação e construção de Brasília (meta-síntese), tendo o Estado como coordenador dessa tarefa. Os recursos para tal empreendimento foram trazidos na maior parte do exterior, o que fez crescer escandalosamente a dívida externa.
Empobrecido, o Brasil tinha 60% da população no campo e, aproximadamente, 30 milhões de brasileiros dependiam da economia agrária. A finalidade do plano era consolidar o que começou com Getúlio, o chamado processo de substituição das importações. Assim, a primeira fase foi criar infra-estrutura para que o país pudesse produzir dentro de seu território os produtos de que precisava.
JK chegou ao poder com a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a Petrobras em franco crescimento. Com matéria-prima e energia garantida, era preciso investir em manufatura para garantir emprego e expandir o país para o interior. Foi aí que Juscelino fez sua grande aposta: abriu o mercado e criou barreiras protecionistas para atrair a indústria automobilística. Com o protecionismo, Juscelino incentivou a entrada de capital estrangeiro no país, principalmente a indústria automotiva. A indústria automobilística tem um efeito multiplicador de investimentos muito elevado. Para produzir um carro, você estimula a criação de outras empresas, como fabricantes de pneus, amortecedores, vidros, faróis. Isso fez com que a escolha da empresa automobilística criasse um estímulo muito grande para a chamada de indústrias de auto-peças.
Para conseguir tamanho desenvolvimento em pouco tempo, no entanto, era preciso investir. Muito dinheiro. Principalmente para a construção da nova capital, Brasília. Com o mercado financeiro ainda em parcial dificuldade, JK não teve facilidade para conseguir empréstimos (embora os tenha feito também). Assim, além dos recursos provenientes da entrada de empresas estrangeiras, o governo passou a aumentar a emissão de moeda. Com mais dinheiro em circulação, sem aumento da produção, os preços passaram a subir. Surgiu, então, um "monstro" que assolaria os brasileiros por muitos anos: a inflação alta.


Fonte:
Site Universia, rede de Universidades, rede de oportunidades. : http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=10094
Os Anos JK - FGV: http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/o_brasil_de_jk/50_anos_em_5_o_plano_de_metas.asp

terça-feira, 31 de março de 2009

Teoria da Escolha Pública

*Pesquisa feita pela aluna Beatriz Cordeiro.

No final da Segunda Grande Guerra, e devido ao debilitado estado econômico e social de alguns países intervenientes, houve a urgência de adaptar um novo modelo político. Os Governos começaram a desempenhar funções que até aí não eram da sua competência como as ligadas ao ensino, à assistência médica e à responsabilidade social. Nascia assim o Estado “Welfare” ou Estado Providência que, para além de passar a garantir estas novas funções originou o aumento da máquina estatal, não somente ao nível do número de funcionários, como da despesa pública e consequentemente dos impostos.

Em contraponto com esta Teoria surge outra, a Teoria da Escolha Pública (ou Public Choice), que aplica à política, aos seus intervenientes e aos serviços públicos, os conceitos da economia de mercado, dando grande ênfase à não intervenção corretora do Estado na economia e nos mercados.

Na Escolha Pública os políticos são entendidos como agentes desprovidos da sensibilidade e interesse pelo coletivo sendo o seu grande objetivo maximizar o próprio bem-estar pessoal. Ou seja, parte-se do princípio que os indivíduos tendem a agir sempre com base nos seus interesses particulares em qualquer que seja o cenário, político, social ou econômico. Pressupõe-se que ao tornarem-se políticos ou representantes sociais, não adaptam princípios altruístas só por estarem a desempenhar funções políticas.

Este considerar que o político possui um comportamento imoral é muitas vezes apontado pelos críticos da Teoria da Escolha Pública, que afirmam que o homem em sociedade tende a respeitar comportamentos sociais e nem sempre os individualistas.

Fonte: Texto de Claudia Luz de Oliveira, Mestrado em Sociologia

Positivismo na Economia

*Pesquisa feita pelo aluno Tiago Simões

O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação (ou seja: mantém-se a imaginação), mas há outras características igualmente importantes

Dentre as ciências sociais, a Ciência Econômica foi aquela em que mais fortemente penetrou a concepção positivista de ciência, com a busca de um conhecimento universal e isento de juízos de valor, buscando as "leis naturais" que regem as relações econômicas na sociedade

O positivismo possui duas concepções metodológicas como base na economia:

1) a abstração, que é vista como um mero processo subjetivo de classificação, definição de conceitos, e assim já separa de antemão sujeito e objeto, teoria e realidade, e abstração torna-se sinônimo de fuga da realidade -abrindo espaço para о instrumentalismo;
2) о individualismo metodológico, que parte do pressuposto de que só são consideradas cientificas e racionais as explicações dos fenômenos sociais que partem da analise do comportamento individual, só sendo aceitos os conceitos baseados em atores coletivos se estes estiverem sustentados por hipóteses sobre о comportamento dos indivíduos que compõem a coletividade. Na economia, reflete-se, por exemplo, na conhecida busca dos fundamentos microeconômicos da macroeconomia.

O positivismo como base científica tornou-se alicerce para três dos principais autores da Economia Clássica : Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill. Pois, de uma forma geral, estes analisavam a economia através do método abstrato dedutivo e afirmavam ser o homem um ser egoísta e auto interessado. Segundo Mill o comportamento humano possui várias causas correntes e como a Economia preocupa-se exatamente com a produção e distribuição de riquezas, então esta ciência deveria partir do pressuposto do egoísmo e da busca da riqueza porque é a causa que permitiria a previsibilidade do comportamento.

Fonte: Tese de mestrado de Teixera, Rodrigo em 28/02/2003 na
na FEA da UFF, área de concentração : Economia das Instituições e Desenvolvimento

Modelo Neoclássico

*Pesquisa feita pela aluna Agatha Bresciani.


O termo neoclássico designa os economistas oriundos da "revolução
marginalista" dos anos 1870, que se baseia nas escolhas individuais - à maneira
da microeconomia atual. O modelo neoclássico de referência é o do equilíbrio
geral
, proposto inicialmente por Léon Walras, mas do qual Kenneth Arrow e
Gérard Debreu apresentaram uma versão mais elaborada, no início dos anos
1950.

Obs: A Teoria do Equilíbrio Geral é um conjunto de teoremas microeconômicos que procuram explicar a produção, o consumo e os preços numa economia completa.

Fonte:Sciences Humaines, Set./Out., 98 -
link: http://adsl.esb3-fernaomagalhaes.edu.pt/images/file/AS%20CORRENTES%20DO%20PENSAMENTO%20ECONOMICO.pdf

Bens públicos, privados e semi-públicos

*Pesquisa feita pelo aluno Glauber Freitas.


1. Bens semi-públicos (saúde, educação, etc) atendem ao princípio da exclusão porque podem ser prestados por particulares. Estes na prestação, logicamente excluem aqueles que não pagam. (Só quem paga usa).

2. Os bens semi-públicos, como os serviços de educação e saúde, apresentam consumo rival e excludente(ex. apenas quem passa no vestibular tem acesso a universidade publica - no caso da universidade privada, apenas quem paga), mas apresentam também externalidades. Ou seja, o benefício social é maior que o benefício privado (internalizado pelo consumidor), o que também justifica a intervenção governamental.

3. Bens públicos são aqueles oferecidos pelo governo; o consumo desse bem por um indivíduo não afeta seu acesso a outro indivíduo. O bem público é desfrutado por todos - princípio da não-exclusão. A falha de mercado acontece exatamente porque, como todos usufruem do bem, não há como o governo mensurar o quanto cada indivíduo usa o bem e assim, tributá-lo. Mas todos usam. Até quem não é tributado (free riders).

Bem privado é aquele que não pode ser compartilhado por todos. Há concorrência entre os indivíduos. O direito de propriedade não permite que todos tenham acesso ao bem. É excludente.

Bem semi-público é aquele que pode ser oferecido tanto pelo governo quanto pelo setor privado. O governo o oferece para tentar reduzir as desigualdades de acesso. E, em alguns casos, há uma 'seleção' para possibilitar o acesso ao bem.

Fonte: Fórum Concurseiros (www.forumconcurseiros.com)

*REFLEXÃO

Bens Públicos (não-excludente e não-rival) - Serviço de saúde e Serviço de educação

Bens Públicos – Fornecimento Público ou Privado?

Temos tendência a pensar que bens públicos podem ser fornecidos exclusicamente pelo setor público. Essa opinião é derivada da aceitaçao pelo público do fornecimento desses bens pelo estado, conjuntamente com o desconhecimento de possíveis alternativas para esses bens.

Segundo o jurista Hely Lopes Meirelles: bens públicos, “em sentido amplo, são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações, que pertençam, a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais."

De acordo com a visão do direito, o fornecimento de bens públicos pelo mercado é impossível. Mas o que são bens públicos?

Todos os bens tem diversas características, mas vou me ater aos necessários para nossa discussão. Bens podem ser excluíveis, não-excluíveis, rivais no consumo e não-rivais no consumo. Um bem é excluível quando o fornecedor deste bem pode impedir o seu consumo caso as pessoas não o paguem. Um bem não excluível é um bem que o fornecedor não pode impedir seu consumo por não pagadores ou devedores. Um bem rival no consumo é um bem com característica de não poder ser usado simultaneamente por mais de um indivíduo, já um bem não rival pode ser consumido por mais de um indivíduo ao mesmo tempo, como um programa de tevê.

Combinando essas características temos os bens privados, que são excluíveis e rivais no consumo; bens públicos, que são não-excluíveis e não-rivais no consumo; e os bens artificialmente escassos, que são excluíveis, mas não rivais no consumo.

Na verdade os bens privados e os bens artificialmente escassos podem ser facilmente fornecidos pelo mercado. O problema fundamental alegado pelos defensores da impossibilidade do mercado fornecer os bens públicos é a característica desses bens de ser não-excluíveis. Um exemplo muito citado por esses "especialistas" é o sistema de esgoto, que beneficia a todos e é um incentivo ao free-rider devido a seu custo marginal igual a zero, caso esse bem fosse oferecido pelo mercado.

Autor: Juliano Torres

Fonte: Preço do Sistema – Austrian School in our Lifetime (http://precodosistema.blogspot.com)

Externalidades

*Pesquisa feita pelo aluno Luiz Kanda.

As externalidades são atividades que envolvem a imposição involuntária de custos (externalidades negativas) ou de benefícios (externalidades positivas) sobre terceiros, sem que estes tenham oportunidade de impedir, sem que tenham a obrigação de pagar ou que tenham o direito de serem indenizados
.

Fonte: Antonio de Oliveira Marques
Economista e aluno do Mestrado Profissionalizante Interinstitucional em Economia PPGE/UFRGS/UFRR

Informações assimétricas

*Pesquisa feita pela aluna Bárbara Olivé.

A informação assimétrica é uma falha no processo de divulgação de
informações em um mercado, isto é, nem todos os indivíduos que participam do
mercado possuem as mesmas informações, não permitindo que alguns
consumidores tomem decisões de forma racional, pois não possuem dados
suficientes para tal.
Quando ocorre um processo de informação assimétrica, a intervenção do
governo permite que todos os participantes de determinado setor econômico
tenham as informações necessárias à tomada de decisão. O objetivo da
intervenção do Governo é tornar o fluxo de informações o mais eficiente
possível.
Essa intervenção pode ser realizada através da criação de legislações
específicas que permitam uma maior transparência no mercado, como por
exemplo, a necessidade das empresas que possuem ações em bolsa de valores
(Capital Aberto) divulgarem seus balanços periodicamente na imprensa.

Informação retirada do site www.cursoaprovacao.com.br, do artigo do
professor de Finanças Públicas e Economia José Jayme Moraes Junior sobre
Princípios das Finanças Públicas em 10/02/2006.